Impotente! Impotente! Assim me sinto
Olhar perdido nas rubras chamas
Que me consomem em dor tamanha
E neste olhar-te, além do rúbeo espanto
Ver-te assim, abreviado a cinzas
- disperso entre Hefesto e Hipnos -
A Gaia súplico, teu renascer
Num tempo outro, sem rasto ou memória
deste húmus trágico de recorrente História.
MMagno
18-06-2017
versão 2
21-02-2024
Impotente, assim me percebo,
Olhar perdido em chamas rubras, vorazes consumidoras,
Dor intensa, abraçando-me sem alarde.
Nesse olhar, para além do espanto carmesim,
Contemplo-te, agora reduzido a cinzas,
Espalhadas entre os domínios de Hefesto e as sombras de Hipnos.
Gaia, em súplicas, rogo por teu renascer,
Num tempo inexplorado, livre de rastros e memórias,
Desse solo trágico, dessa narrativa recorrente.
(Foto: internet, imagens, Pedrógão Grande)
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